Johnny Hansen - Memorial
Johnny Hansen: Foto: Marcelo Panda |
Memorial criado por Marcelo Beluzzo (Panda) e Cesar Gavin
Johnny Hansen, figura de ponta do rock santista, sai de cena. Coração. Polêmico, mas extremamente talentoso. Bom de papo, ia de Yngwie Malmsteen a Bebop Deluxe. Passou por Bisex, Vulcano e criou o Harry, uma das bandas mais interessantes do rock brasileiro dos anos 80. Vai em paz, Hansen!
Texto por Sergio Martins (revista Veja)
* 26/03/61
+ 07/04/17
Harry em 1988 - programa Boca Livre (TV Cultura)
Apresentação: Kid Vinil
Mensagens
Marcelo Panda (fotógrafo, produtor de tv e amigo do Hansen): The sky will be Grey . RIP!
Kid Vinil (cantor do Magazine, apresentador e diretor artístico): Perder um amigo nao é fácil. Recebi a notícia agora, Johnny Hansen do Harry faleceu há poucos instantes. Um ataque cardíaco levou meu grande amigo. Essa foto tiramos quando aconteceu a feira do vinil em Santos há dois meses. Amanhã esperava encontrá-lo novamente na feira. Esta semana falamos sobre os 50 anos do Sgt Peppers. E me vem à mente agora "She's Leaving Home". Nesse caso "He's Leaving Home".
Com lágrimas nos olhos "Bye Bye" Descansa em paz, meu amigo!
Em 29 de setembro de 2016 Hansen foi ao meu programa na 89fm. Tocamos Harry e conversamos sobre o show que fizeram no Clash. Quem quiser ouvir entra no site www.radiorock.com.br e clica em programas que tem o link desse dia. Fica aqui minha homenagem.
Rene Ferri (Diretor artístico da gravadora Wop Bop): COMO TE DIZER ADEUS? Hansen era uma esfinge que decifrei de cara: era um conservador à moda muito antiga, e que cultivava alguns valores que eu achava superados. Tínhamos uma amizade de lordes ingleses, mantendo uma distância que minha misantropia acha saudável, e ele, eu acreditava, gostava disso, até eu ouvir ele próprio dizer recentemente, no Vitrola Verde de Cesar Gavin, que não, que me achava “muito antipático”. Por isso, nunca soube nada muito pessoal a respeito dele, família (?), irmãos (?), até o nome próprio dele era um mistério — uma vez fiquei sabendo, na assinatura de um contrato, mas era um nomezinho tão sem-vergonha e afetado, tão “ronaldo vinícius”, e tão destoante daquele ogro, que procurei esquecer imediatamente. Hansen era provinciano e bairrista pra caramba, e eu me divertia, um pouco, esculhambando de propósito a cidade natal dele: “Santos é uma caipirópolis... uma Ibitinga com praia... e pra piorar, tem aquele sotaque horroroso, acariocado e sibilante”. E o Hansen lá, sorrindo com um canto da boca. Criam-se certos mitos na música brasileira que vou te contar... no BRock não é diferente. O Hansen, de braços engessados, tinha muito mais poder de criação que qualquer “sacandurra”, mas a crítica não ouvia assim, fazer o quê? O que mais me impressionava no figuraça era o domínio amplo e humilhante sobre assuntos mais díspares, que a gente nem desconfiava. Digamos que eu comentasse qq coisa sobre tênis de mesa, por exemplo — aí aparecia o Hansen e dava uma aula, citando detalhes sobre o esporte que só um jogador profissional saberia, me explicaria por que a bolinha fabricada no Panamá era melhor do que a sueca. Coisa nesse nível. Em música, então, meu deus! Se ele lesse o título deste comentário, me diria que aquilo é nome de música de Françoise Hardy, e de lambuja me daria aula sobre o pop francês. O Hansen era assim. Agora, não tem mais.
Richard Kraus (Johnson - membro fundador da banda Harry): Perdi muito mais que um amigo. Hansen e eu nos conhecemos na quinta-série, e como os dois esquisitões numa turma de 60 alunos, logo criamos afinidade. Nossa primeira paixão em comum foi a Formula 1 e acompanhávamos o campeonato nas corridas de domingo. A amizade evoluiu para o campo musical. Tendo Elvis, Beatles e Stones como pano de fundo, fizemos o que todo garoto de 13 anos gostaria: formar uma banda. As primeiras tentativas foram com amigos próximos, mas da teoria à prática só se concretizou com o primeiro projeto, os Yardrats. Éramos um trio: Hansen na guita, eu então no baixo e Nelsinho na bateria. Findando adolescência, perdemos contato e só no reunimos ainda no Bi-Sex, onde conheci Cesar, Denise e Grilo. Logo em seguida, num acidente estúpido, Grilo morreu, e acabei assumindo o baixo (ainda que à contragosto). Johnny Hansen era como parte da família. Brincava com a minha filha, então ainda bem criança. Talvez poucos conheçam o caráter paterno e extremamente carinhoso e afável dele. Lembro ainda das tardes que nos nutríamos de música na casa do Rafa. A banda acabou virando Harry. Outros tempos, outras dificuldades, outros caminhos para uma banda que queria ser alternativa, sem perder os princípios que acreditávamos. Guardo na lembrança as inúmeras histórias dos shows, bastidores, festas e aventuras muito loucas que dariam um roteiro de filme. Algo que teria a direção de um Coppola, Tarantino ou Cronenberg. Perdemos contato novamente quando da estadia do Hansen em Fortaleza e minha ida para Itatiba. Retomamos os trabalhos depois de uma frase dele que hoje está muito viva: "Cara, vamos registrar em gravações o máximo que pudermos, pois sabemos que não nos restam muitos anos, então gostaria de ter farto material para ser lembrado." Sim, meu irmão, temos uma obra ainda inacabada, pois a vida é muito pequena para tudo que poderíamos oferecer, especialmente você, que fez da música a sua razão de viver. Se eu pudesse te dizer umas últimas palavras, diria, "seu grande Canalha FDP, por que já resolveu ir tão cedo?" Sua passagem por aqui não foi em vão. Descansa e vá em paz. Ainda nos veremos em outro momento, em outro lugar, em outra dimensão. O resto, é história..
Rafa Blaster (guitarrista, proprietário da loja de discos Blaster (Santos), onde o Hansen trabalho por anos e o amigo de infância): Hoje, muita coisa não estará mais aqui. Foi-se a opção de consultá-lo para dúvidas pontuais do passado, foi-se o conhecimento enciclopédico sobre os Beatles, e de tantas outras coisas do Rock. Foram-se as imitações canastronas de personagens de filmes e situações reais que passamos. Foram-se os relatos sobre a qualidade da tal pizza, sobre o custo-benefício do novo sanduíche. Perdem-se tantas situações do meu próprio passado, que eu mesmo jamais relembraria, e que ele vinha do nada resgatar. Tantas coisas vão-se com ele. Vai-se um amigo de todas as gerações aqui da Blaster. Sentiremos muito a sua falta, Johnny Hansen.
Rogério Baraquet (músico): A inesperada e muito triste passagem de Johnny Hansen é um daqueles acontecimentos que - pra mim pelo menos - está fazendo parar para refletir sobre algumas lições fundamentais que a vida nos traz. Johnny foi o primeiro guitarrista de rock que vi tocar ao vivo, numa passagem de som no Centro do Professorado no José Menino em 1979. Eu tinha 14 anos, estava só começando a batucar meu violãozinho Giannini, e fiquei chapado. Três anos depois, lá estava ele no meu primeiro festival, no ginásio Rebouças, de de novo numa passagem de som, de novo me impressionando com sua citação de "Number of the Beast". Mais dois anos e começamos a nos trombar com frequência, ele no Bi Sex e eu na Trava (que logo iria se tornar Ecossistema). Éramos do mesmo gueto mas de tribos diferentes. Eu continuava o admirando e respeitando seu trabalho mas, compartilhando de ideais esquerdistas com a minha galera, ficava difícil aceitar um cara que se dizia nazista. Cheguei a relutar bastante em emprestar minha guitarra pra ele tocar num evento particular de um amigo comum. Ainda bem que tive a chance de dizer que hoje acho que isso foi uma babaquice da minha parte, antes de ele partir. Estivemos juntos num show histórico de rock em 1986 no Teatro Municipal, ele já com o Harry eu ainda no Ecossistema. Jamais esquecerei a ousadia dele em colocar duas prostitutas dançando em frente a bandeiras nazistas gigantes no Circo Marinho naquele mesmo ano. O tempo passou, o Harry ganhou notoriedade no underground, ele foi pro nordeste, eu segui minha vida aqui. A volta dele pro sudeste e o surgimento das redes sociais foram nos aproximando aos poucos. Primeiro no Orkut, depois neste Facebook, nos contatos cada vez menos esporádicos que tínhamos fui percebendo que aquela aparente discrepância que beirava a hostilidade entre nós estava só na minha cabeça. Há pouco mais de dois meses, com a participação dele no Movimento Santo de Casa é que nos aproximamos de verdade. E eu estava feliz de conhecer o verdadeiro Johnny Hansen. Não aquele personagem racista, fã de armamentos e Chuck Norris, mas o cara sensível, tímido e extremamente inteligente que muitos que estavam na Santa Casa ontem conheceram entes de mim. Agradeço à vida e a Johnny Hansen por terem me dado a chance de mostrar que muitas vezes tomamos uma pessoa pelo que ela quer que o mundo acredite que ela é, e não pelo que ela é de verdade. É triste ver pessoas que fazem tanta diferença no meio em que vivem partirem cedo, como outros amigos que também se foram nos últimos anos. O que nos resta é levar seus legados adiante e fazermos a diferença também. Rest in peace, Johnny. Que os anjos o iluminem muito em seu caminho de volta.
Cesar Gavin (apresentador do Vitrola Verde e editor chefe do RockBrasileiro.Net): Conversamos nesta semana para agendarmos a segunda entrevista, mas ele resolveu ir para outros palcos. Tristeza imensa... R.I.P. , Johnny Hansen. A obra do Harry fica conosco.
Programa Vitrola Verde
Direção, apresentação, reportagem e edição por Cesar Gavin
Fotografia e pauta: Marcelo Panda
Imagens: Vitrola Verde
Ano da entrevista: 2014
Alex Twin (músico da banda Pecadores e Individual Industry e diretor artístico da Wave Records): Adeus meu amigo Johnny Hansen te conheci em 1986, pois você fazia a música que eu me identificava aqui no Brasil. Você foi pioneiro no estilo. Falei com ele no inicio da semana :- (THE SKY WILL BE GREY..)
Enéas Neto (Diretor artístico na gravadora Cri-Du-Chat e apresentador do programa Zensor): Minha homenagem ao amigo e ídolo. Descanse em paz, Hansen! Obrigado por tudo!
Harry ao vivo no Machina Festival, São Paulo, 18/11/2005
Luiz Dias Lufer (DJ): Dificil demais dar um bom dia, depois da perda de um amigo como Johnny Hansen... Mas tenho certeza que ele diria, "the show must go on"... Da mesma forma como ele sempre mandava um happy birthday a la Marylin Monroe para os amigos aniversariantes...
Marcelo Souza Lima (Diretor artístico da Deepland Records): Uma das melhores pessoas, um dos melhores profissionais. Johnny Hansen, onde você estiver, eu sempre irei aplaudir você de pé!! R.I.P.
Nando Bassetto (guitarrista da banda Garage Fuzz) - Se foi um brother. mais q isso...eu o tratava como “mestre”. quem me conhece sabe q não uso isso como gíria, q não jogo a palavra fora, só uso com quem realmente teve influência marcante na minha formação, tanto no rock, qto na guitarra. sobrou uma meia dúzia agora. desde a guitarra sg gibson vinho q consegui comprar depois de mais de 10 anos, de tanto ver e admirar a lendária sg de johnny hansen, até os mais loucos shows no circo marinho, nos anos 80 ainda, mais algumas das melodias mais fodas q escutei feitas no rock brasileiro...tudo isso deixou marcas poderosas pro q iria vir pela frente na minha vida e de toda a minha geração. foi a história diante de nós. e como se isso não bastasse, a vida me presenteou com o prazer e a honra de gravar e co-produzir o disco “electric fairy tales”, do Harry...algo quase surreal. gravamos esse disco e ainda muito material pra mais 2 discos q estariam por vir. muito material foda! não sei o q a banda decidirá fazer com esse material, mas tenho a sorte de poder ouvir tudo isso direto. vai, mestre!! nós ficaremos aqui com a lembrança e com o q vc tinha de melhor, alimentando nossas almas, sempre!
Yogini Devakinath (Denise - ex-cantora do Harry e Bisex): Essa letra foi escrita para Johnny Hansen em um momento que tentava entender sua genialidade e o caminho da sua música . Caos fala sobre isso.
Alexandre Cruz Sesper (Farofa - cantor do Garage Fuzz) - Eu era um "metaleiro" de 12/13 anos de idade pós Rock in Rio 1, que queria comprar um "Sabbath Bloody Sabbath" (Black Sabbath) em vinil e entrou na loja do rui pantera no centro comercial do Gonzaga e saiu com um Vulcano live. Valeu, Johnny Hansen! Provavelmente, te conhecendo, vcs ficaram rindo o resto do dia da criança que foi atrás de um Sabbath e saiu com um disco Vulcano!
Chico Marques (jornalista): E lá se vai o grande Johnny Hansen, amigo de 40 e poucos anos. Minha cachorrinha Cacau adorava ele, como dá para perceber nessa foto tirada numa visita que ele fez aqui em casa no início do ano passado. Estou chocado e sem palavras
Humberto Finatti (jornalista): Eu nunca imaginei ter poderes premonitórios (nem acredito muito nessas paradas, na vdd) mas quando disse no post anterior a esse que eu previa que meu finde seria uma DROGA gigante, não esperava que o vaticínio se concretizasse da maneira tão cruel e dolorosa. Foi uma sexta-feira ultra cinza, tristonha, onde passei o dia correndo atrás de resolver problemas pessoais e profissionais. Só fiquei menos melancólico ao fazer minha habitual janta semanal das sextas no churras rodízio onde sempre vou e mais uma vez na Cia de um casal que eu amodoro, a F Marx Juliana e o Fabio Martins. Depois ainda fui tomar uma cerveja única, pra relaxar e distrair, no Bailindie da saudade – e lá encontrei mais alguns amigos queridos (Vera Ribeiro, Ricardo Fernandes, Plinio Cesar Batista, Alexandre Bispo, Dina Cardoso, Eliana Martins, Santiago Laranjeira etc.). Mas ao chegar em casa, fui COLHIDO por essa notícia absolutamente DEVASTADORA. Eu conhecia esse mega querido por mim pessoalmente há quase 30 anos. Foi, era e sempre será um dos meus MELHORES amigos, além de um dos grandes músicos do nosso país. Passei muitos momentos mega agradáveis ao seu lado, aqui em SP (em shows do gigante eletrônico Harry, um dos maiores nomes do rock BR em todos os tempos, ou nos papos sempre agradabilíssimos quando ele tinha a loja de discos Bloody no centro da cidade) e, nos últimos anos, em São Thomé Das Letras, antes de ele voltar a morar em Santos. Foram muitas viradas de ano legais na montanha mágica, pizzas divididas com ele e com a igualmente querida Jackie Nunes e... enfim, cheguei em casa agora e fiquei sabendo disso. Estou absolutamente DEVASTADO na alma e no coração. E nem sei o que dizer. Dói muito nesse momento saber que nunca mais irei bater papos com ele. Que a viagem tenha sido e continue sendo suave e tranqüila, amigo do peito. Um dia nos vemos por aí, em alguma outra estação – se ela de fato existir. Obs: haverá um post especial da Zap’n’roll a qualquer momento, dedicada ao Hansen. A banda que ele criou, o Harry, entrou para a história do rock brasileiro alternativo com apenas um único e sublime álbum, o “Fairy Tales”, lançado em 1988 (e sobre o qual eu fiz na época uma matéria na CAPA do Caderno 2, do jornal O Estado De S. Paulo, onde eu então trabalhava, já que a sonoridade do Harry estava décadas à frente do seu tempo). Foi por conta dessa matéria que nos tornamos amigos, amizade que permaneceu até hoje. E que foi interrompida tragicamente e bruscamente pelo falecimento dele. Mas o velho homem da montanha e do mar estará para sempre no meu coração, enquanto eu também ainda estiver vivo.
Wladimyr Cruz (documentarista, jornalista e editor chefe do Zona Punk): Infelizmente não tivemos tempo de concretizar o doc do HARRY e a cena eletrônica nacional. Sempre a gente acha que tem tempo pra fazer depois. Não deu. Mas me consola saber que pude contar um capítulo de sua história no doc do Vulcano, além de colocar o HARRY como trilha do doc sobre o Madame. Valeu o apoio de sempre, Hansen.
Marcelo Costa (jornalistra e editor chefe do Scream & Yell): Sem o Johnny Hansen, a cena independente perde em bom humor e inteligência. Um grande cara! #RIP
Papo que tive com ele quando do lançamento do último álbum do Harry:
"Estamos com um set muito forte, capaz de detonar muita banda de
pivetada". Leia entrevista aqui
Antonio Celso Barbieri (produtor e pesquisador): Estou devastado! Faleceu Johnny Hansen! Mr Hansen foi sempre uma pessoa muito íntegra, um dos grandes nomes, senão o maior da música eletrônica e industrial brasileira! Guitarrista e vocalista de mão cheia, mesmo à distância manteve-se sempre um grande amigo. Sua banda Harry foi um marco seminal na história do Rock Brasileiro com seu som eletrônico & progressivo esbanjando referências norte européias. Seus últimos trabalhos mostravam um músico maduro e no domínio da sua arte. Sua história confunde-se com a história de outra lendária banda santista, o Vulcano. Em 85 quando produzi no Teatro Lira Paulistana, dentro do meu Projeto SP Metal, um show da banda Vulcano o caro Johnny Hansen é quem foi o guitarrista. Johnny sempre defendeu que a música Witches Sabbath um hino do Vulcano era de sua autoria. Com seu ecletismo, ele podia transitar livremente entre o rock extremo e gutural ao clássico e introspectivo. Portanto não é nenhuma surpresa saber que, desde 2014, ele também desenvolvia um trabalho paralelo como guitarrista da banda santista This Fucking Hate. Perdemos mais um gênio do Rock Brasileiro! Em 2015 incluí a música Fallen Angel da sua banda Harry na coletânia São Power que lancei pela Rádio Rock Nation e, neste mesmo ano, em 15 de julho criei um vídeo para uma música desta mesma banda, chamada Sky Will Be Grey (O Céu Ficará Cinza). De fato, para mim, hoje, o céu ficou cinza! Chequem o vídeo que editei para o Harry: https://www.youtube.com/watch?v=lkQl1GTCXQI
Outras matérias
Antonio Celso Barbieri (produtor e pesquisador): Estou devastado! Faleceu Johnny Hansen! Mr Hansen foi sempre uma pessoa muito íntegra, um dos grandes nomes, senão o maior da música eletrônica e industrial brasileira! Guitarrista e vocalista de mão cheia, mesmo à distância manteve-se sempre um grande amigo. Sua banda Harry foi um marco seminal na história do Rock Brasileiro com seu som eletrônico & progressivo esbanjando referências norte européias. Seus últimos trabalhos mostravam um músico maduro e no domínio da sua arte. Sua história confunde-se com a história de outra lendária banda santista, o Vulcano. Em 85 quando produzi no Teatro Lira Paulistana, dentro do meu Projeto SP Metal, um show da banda Vulcano o caro Johnny Hansen é quem foi o guitarrista. Johnny sempre defendeu que a música Witches Sabbath um hino do Vulcano era de sua autoria. Com seu ecletismo, ele podia transitar livremente entre o rock extremo e gutural ao clássico e introspectivo. Portanto não é nenhuma surpresa saber que, desde 2014, ele também desenvolvia um trabalho paralelo como guitarrista da banda santista This Fucking Hate. Perdemos mais um gênio do Rock Brasileiro! Em 2015 incluí a música Fallen Angel da sua banda Harry na coletânia São Power que lancei pela Rádio Rock Nation e, neste mesmo ano, em 15 de julho criei um vídeo para uma música desta mesma banda, chamada Sky Will Be Grey (O Céu Ficará Cinza). De fato, para mim, hoje, o céu ficou cinza! Chequem o vídeo que editei para o Harry: https://www.youtube.com/watch?v=lkQl1GTCXQI
Outras matérias
Conheci o hansen em 1985 na loja de disco amsterdam em santos,logo percebi que seria uma amizade otima,conversavamos muito sobre muisca claro e ele me deu varias dicas sobre varia bandas, clan of ximox ,cassandra complex ,the glove entre outros, varios lp do sisters of mercy que eram importados,gravava em uma fita k7 e achava o maximo ,na epoca nao tinha dinheiro para comprar lp importado e grava na fit k7 .depois mudou o nome para blaster e mesmo assim continuamos a nos falr pessoalmente,depois ele mudou para fortaleza e perdemos o contato ,mas sempre perguntando pro rafa sobre ele,mudou de novo agora para sao tome das letras/mg e graças ao orkut voltamos a ter contato e no encontrando de novo e depois no facebook,assisti seus show no sesc/santos no lançamento do cd electry fairy tales sensacional o show e o cd,ente bandas me indicou tambem visage,covenant,branches,chrome entre outros,um cara legal demais,minha referencia musical,fica a saudade.
ResponderExcluirfiquei sabendo hoje. Aperto no peito!!! Q esteja com Deus Hansen!!!
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